Agência Brasil
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, afirmou que o fumo mata pelo menos 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Além disso, milhões de pessoas vivem com câncer de pulmão, tuberculose, asma ou doença pulmonar crônica causada pelo tabaco.
Ghebreyesus disse que pulmões saudáveis são essenciais para uma vida saudável e defende que a proteção desses órgãos seja estimulada “dizendo não ao tabaco.”
Cerca de 3,3 milhões de consumidores e pessoas expostas ao fumo passivo morreram de doenças relacionadas ao pulmão em 2017 em todo o mundo, segundo estatísticas da agência.
Em 2019, a campanha de combate ao fumo tem como tema “o tabaco e a saúde dos pulmões”. A ideia é aumentar a consciência sobre o impacto negativo do produto na saúde pulmonar, abordando desde o câncer a doenças respiratórias crônicas.
Nas Américas
Na região das Américas, o tabaco mata uma pessoa a cada 34 segundos segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, sediados em Washington (EUA). A estimativa representa quase um milhão de mortes a cada ano na região. Mais da metade dos casos de câncer de pulmão está relacionado ao tabaco, assim como quase metade dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
De acordo com essas instituições, para proteger a saúde, é necessário intensificar as medidas de controle ao fumo, particularmente aquelas que garantem espaços públicos e locais de trabalho livres do tabaco, dizem especialistas da Opas.
A campanha para o Dia Mundial Sem Tabaco deste ano ressalta como o produto põe em perigo a saúde pulmonar em todo o mundo, bem como a importância de implementar políticas efetivas para reduzir o consumo do produto.
“O tabaco é uma ameaça à saúde pulmonar de todos, não apenas dos fumantes”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas. “Cada uma das mortes relacionadas ao consumo ou exposição ao tabaco é evitável. No entanto, embora o consumo esteja diminuindo na região, o ritmo de ação para reduzi-lo continua aquém dos compromissos mundiais e regionais”, acrescentou.
Convenção-Quadro
Para reduzir a ameaça representada pelo tabaco, os países devem acelerar a implementação das medidas descritas na Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS, que são reforçadas pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
“A aplicação dessas medidas, particularmente aquelas relacionadas aos espaços livres de tabaco (locais de trabalho fechados, lugares públicos e transporte público), à adoção de advertências de saúde e à prestação de serviços para cessação do tabaco são vitais para garantir que as Américas sejam livres dessa ameaça”, afirmou Rosa Sandoval, assessora regional de Controle do Tabaco da Opas.
Fumo passivo
Em nível global, dados da OMS destacam que o fumo passivo mata mais de 60 mil crianças com menos de cinco anos. Aquelas que vivem até a idade adulta são mais propensas a desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica em períodos posteriores do seu desenvolvimento.
Qualquer nível de exposição à fumaça do tabaco apresenta riscos. A melhor maneira de prevenir doenças respiratórias e melhorar a saúde dos pulmões é evitar o consumo do produto e a exposição ao fumo passivo.
Aos pais e líderes comunitários, a agência da ONU encoraja que os serviços de saúde alertem as famílias e comunidades, informando-as e protegendo-as dos danos causados pelo consumo ativo e passivo do tabaco.