Servidores de Guarulhos rejeitam proposta e greve continua

Ivanildo Porto

Antônio Boaventura

Com atividades paralisadas desde a última quarta-feira, 22, os servidores públicos rejeitaram nesta segunda-feira, 27, a proposta de 2,5% de reajuste salarial realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Estado de São Paulo (TRT-SP) em audiência de conciliação. Diante deste cenário, os funcionários da administração optaram pela manutenção da greve por tempo determinado.

A desembargadora do Trabalho, Ivani Bustamante, propôs aos representantes dos servidores públicos o reajuste de 2,5% parcelados em duas vezes, 1,25% ainda neste mês e outros 1,25% em setembro, além de 5% nos vales alimentação e refeição e cesta básica. Ela também determinou que 70% dos mais de 20 mil funcionários estivessem em seus postos de trabalho para não prejudicar o atendimento a população.

Já a administração pública, representada por Adam Kubo, secretário de Gestão, entende que a transposição de regime irá beneficiar a categoria e propôs reajuste de 1% neste mês, 1% em setembro e 0,5% em janeiro de 2020 e outros 5% nos vales alimentação e refeição, além da cesta básica. “A conversão de regime trará reajuste salarial para estes trabalhadores de 5% a 35% em geral”, disse Kubo.

Por sua vez, Pedro Zanotti, presidente do Sindicado dos Trabalhadores da Administração Pública de Guarulhos (Stap), entende que a melhor alternativa para se chegar a um consenso é reajustando os vencimentos dos funcionários com base no Índice do Custo de Vida (ICV), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que atualmente é de 4,45%.

“O sindicato aponta que o referencial destes 5% até 35% (justificativa da Prefeitura) não se trata de reajuste, mas de uma compensação. Hoje os trabalhadores celetistas deixaram de contar com o desconto de 8% ao mês do FGTS e também passarão a contribuir para a previdência pública 11%”, explicou Zanotti.

A última proposta realizada pela Prefeitura tinha como parâmetro o abono de R$ 100 nos salários daqueles que possuem remuneração até R$ 2.100,00, reajuste de 10% no Vale-Alimentação/Refeição, 21% na cesta básica, além do recebimento de uma cesta básica extra.

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