Agência Estado
Dois ex-prefeitos da cidade de Igarapava, no interior de São Paulo, foram condenados à prisão por supostamente comandarem organização criminosa que fraudava licitações e por usurpação de função pública entre 2012 e 2016, na gestão de Carlos Augusto Freitas, o Carlão.
Eleito prefeito da cidade de cerca de 30 mil habitantes pelo PDT, Carlão tentou a reeleição em 2016 pelo PSD, sem sucesso. Ele foi condenado a 14 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, e 36 anos e dois meses de detenção, em regime semiaberto.
Seu irmão, Sérgio Augusto Freitas, foi sentenciado a 13 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, e a 26 anos e seis meses de detenção, em regime semiaberto.
Segundo o juiz Joaquim Augusto Simões Freitas, os irmãos ‘exerciam a liderança da organização criminosa’ e atuavam na identificação e cooptação de pessoas e empresas interessadas em prestar serviços ao município mediante pagamento de propinas.
Os políticos também estão respondendo a outras quatro ações penais na Justiça de Igarapava.
Os irmãos já haviam sido condenados por corrupção no início de 2019 e, em 2017, por casos relacionados a este processo e cumpriam prisão preventiva.
Sérgio foi condenado por homicídio em 2018, acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito de Igarapava Gilberto Soares dos Santos, o ‘Giriri’, em 1998. Ele era o vice-prefeito na época, pelo PTB.
Outro lado
A defesa de Sérgio Augusto Freitas declarou que vai recorrer. Também criticou o desmembramento do processo e alegou que a condenação foi fruto de delações e escutas ilegais.
O advogado de Carlos Augusto Freitas não foi localizado.