Doria disse que a usina continuará funcionando, mas os demais espaços se tornarão públicos, utilizados para lazer e entretenimento, com cafés e restaurantes.
“É uma área bonita, é um prédio antigo, da década de 40, que recuperado e explorado pelo setor privado oferecerá uma ótima oportunidade de entretenimento e uma marca importante para São Paulo. A dimensão desse espaço e sua localização poderá transformar a usina em um Puerto Madero paulistano”, disse Doria. Puerto Madero é um dos bairros da cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, localizado às margens do Rio da Prata, sendo um dos locais mais valorizados da capital argentina.
De acordo com o governador, o projeto é atrativo para a iniciativa privada porque a oportunidade de exploração do transporte de pessoas representa a possibilidade de geração de receita, com a utilização por milhares de pessoas, com mais vantagem e velocidade do que a utilização das marginais. “As estações de embarque e desembarque também serão de exploração privada, com a utilização de publicidade e o pagamento do transporte de passageiros no volume que cabe a um rio cujas marginais transportam 3,5 milhões de pessoas diariamente.”
Conscientização
Durante o período em comemoração à Semana do Meio Ambiente, duas esculturas feitas com sucata, sendo uma em formato de peixe e a outra, de capivara, preenchidas com o material recolhido nas ecobarreiras do Rio Pinheiros, ficarão expostas para chamar a atenção da população para o descarte correto dos resíduos. E também para lembrar que alguns dos materiais demoram dezenas de anos para se decompor.
“As esculturas serão preenchidas com lixo do Rio Pinheiros para mostrar à população que fomos nós que jogamos, que nós somos os responsáveis pela poluição. Precisamos conscientizar para que não se suje mais o rio. E o nosso trabalho é não deixar que a sujeira chegue, e recuperar a beleza que temos aqui, para que esse espaço tenha maior atratividade”, afirmou o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.
Tietê
A segunda etapa de despoluição de rios abrange também o Tietê, que começará o processo enquanto o projeto estiver em andamento no rio Pinheiros. Já foi firmado um contrato com a cidade de Guarulhos, que fica na região metropolitana de São Paulo, e é uma das que mais polui o Tietê. “O projeto do Tietê é de oito anos e, nesse período, ele também estará despoluído, como compromisso do Governo do Estado e igualmente de municípios do entorno do rio”, disse Doria.