Operação Cronos 2 prendeu 937 suspeitos de homicídio e feminicídio

TV Mirante/Reprodução

Agência Brasil

A segunda fase da Operação Cronos, deflagrada nesta terça-feira, 28, prendeu 937 pessoas que tinham mandados de prisão por homicídio (881) e por feminicídio (56), em 22 estados e no Distrito Federal. O objetivo da operação foi cumprir mandados de prisão de pessoas suspeitas de feminicídio – ou seja, o homicídio de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero – e homicídios.

Coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, a ação ocorreu de forma integrada e contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A delegada-geral de São Paulo, Elisabete Sato, considerou a operação “extremamente positiva”. “Quando todos os estados da Federação se unem com a mesma finalidade, de tirar de circulação homicidas e principalmente autores de feminicídio, a importância é evidente. Dá uma sensação de segurança para a sociedade em geral”, avaliou.

Desafio

As mortes qualificadas como feminicídio em São Paulo aumentaram 12,9% em 2018 na comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foram registrados 148 assassinatos no ano passado e 131 em 2017.

“Feminicídio, além de impactar a sociedade, impacta a Polícia Civil. É uma questão de gênero, se mata porque a mulher é mulher e vem de um processo contínuo da violência doméstica. Nós estamos trabalhando para minimizar os efeitos da violência doméstica, com cursos na academia de polícia, trabalhando nossos policiais para que possam melhor atender”, apontou. Ela destacou que agora policiais podem conceder medida protetiva de urgência à mulheres ameaçadas.

Primeira fase

Deflagrada em agosto de 2018, a primeira fase da Operação Cronos resultou na prisão de mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. Além disso, foram apreendidos 341 adolescentes. O Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil informou à época que 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e 1.252  foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.

Durante a primeira fase, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.

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