Agência Brasil
O diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo, Jochen Volz, tem a responsabilidade de preservar o maior museu estadual do Estado. Ciente desse desafio, ele destacou a importância dessas instituições na construção da identidade do país.
“A gente entende que o principal é mostrar como não há uma ideia de identidade sem uma ideia de cultura ou de memória. Se queremos que exista um processo de identidade brasileira, paulistana ou paulista, precisamos entender que isso só existe enquanto a gente tem educação, cultura e arte”, disse ele, em entrevista à Agência Brasil.
O designer gráfico Eduardo Lopes, 24 anos, concorda com Volz. Para ele, um museu é também, além do retrato e do reconhecimento de um povo, a ilustração da história do país e a projeção de seu futuro. “Com a arte, a gente aprende o que a gente foi, o que o país foi e consegue ver também o futuro. Aprende com as obras e vê o que aconteceu. Antigamente, eles registravam tudo pela pintura, pela arte, pela fotografia. Acho isso importante para a gente reconhecer quem é, quem é o povo e qual a nossa cultura. E, com isso, a gente cresce”, disse ele, ao visitar uma exposição na Pinacoteca.
Anualmente, a Pinacoteca recebe meio milhão de visitantes em seus dois prédios em São Paulo. Fundado em 1905, é o museu mais antigo da cidade. O acervo original da Pinacoteca, que dá ênfase à produção brasileira do século 19 até os dias de hoje, foi formado com a transferência de 20 obras do Museu Paulista da Universidade de São Paulo – incluindo nomes importantes como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antônio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Com o passar dos anos, a Pinacoteca formou um acervo significativo, que conta hoje com cerca de 10 mil obras.