Antônio Boaventura
Motoristas e cobradores de ônibus de Guarulhos encerraram a greve na cidade após aceitarem a proposta de 5,07% de reajuste salarial dos empresários. A negociação teve seu desfecho após audiência realizada nesta sexta-feira, 10, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). A prestação de serviço voltou ao normal por volta das 18h.
Além do reajuste, as partes mantiveram as demais cláusulas da convenção coletiva anterior, aplicação do aumento salarial às demais cláusulas econômicas da convenção anterior renovada, manutenção da Participação do Lucro Real (PLR), nos valores praticados na norma anterior, entre outros benefícios.
“Hoje está difícil. Eu vim de carona para o Hospital Geral de Guarulhos, vim fazer um exame, e agora não sei como voltar para a minha casa no Pimentas. A situação é complicada, os ônibus já demoram sem greve e agora, piorou. Estou mandando mensagem para alguém de casa vir me buscar”, declarou a dona de casa Maria Aparecida Oliveira, 56 anos.
A Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (STMU) montou um esquema de emergência para amenizar os problemas que a paralisação causaria para a população. Contudo, passageiros informaram que utilizaram meios alternativos como o transporte por aplicativos. A paralisação afetou cerca de 380 mil pessoas, que utilizam 185 linhas de ônibus municipais e intermunicipais.
“Ainda bem que nos avisaram com antecedência que não teria ônibus. Aí, consegui me programar e tive que pegar um Uber para chegar ao trabalho. É mais fácil, mas gastei um valor maior do que se tivesse usado o ônibus. Mas, fazer o quê?”, disse Denise Santana, 32, auxiliar administrativa.
Com a utilização dos micro-ônibus, que cobriram a maior parte das rotas das 66 linhas paralisadas, o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), o governo municipal entende que dessa forma foi possível evitar maiores problemas durante a madrugada. Os serviços devem ser normalizados até a manhã deste sábado, 11.