Wellington Alves
Relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo apontam descontrole das contas públicas na maioria dos municípios paulistas. Apenas 45 de 644 cidades paulistas – sem contar a Capital – comprometeram de maneira adequada as gestões fiscais e orçamentárias no primeiro bimestre de 2019, informou o site Free São Paulo. Guarulhos está no grupo dos que gastaram mais do que arrecadaram.
O quadro é preocupante. De acordo com o TCE, a Prefeitura de Guarulhos arrecadou R$ 947 milhões até abril deste ano, com gasto de R$ 1,5 bilhão – déficit de mais de 50%. Isso gera preocupação, já que os primeiros meses, tradicionalmente, são os melhores em arrecadação, já que ocorrem os pagamentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
A gestão Guti segue a tendência das grandes cidades do estado. A capital já gastou metade do orçamento previsto para o ano. Campinas empenhou o dobro do arrecadado até o momento. Questionada sobre o déficit neste ano, a Prefeitura de Guarulhos não se pronunciou.
Para o economista Agostinho Celso Pascalicchio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a reestruturação das contas da maioria das cidades paulistas – e do restante do país – pode demorar até três gestões, ou seja, 12 anos. Por isso, seria importante um projeto político consistente e suprapartidário para definir as prioridades de gasto do dinheiro público. Na avaliação dele, a culpa não é só dos prefeitos atuais, mas segue uma tendência de mais de uma década de gestões ruins.
Tecnologia poderá ajudar fiscalização
Apesar do desejo de mudança política nos últimos anos, a maioria dos municípios paulistas segue em crise financeira. A cientista política Jacqueline Quaresemin, da Universidade de São Paulo, avalia que isso acontece por falta de pressão da sociedade civil organizada. “Com as novas tecnologias, é possível criar mecanismos de cobrança mais ágeis”, explica.
A especialista acredita que as prefeituras não serão transparentes e eficientes se não houver engajamento da população. “Um prefeito pode governar priorizando os acordos políticos, mas vai mudar essa postura se for pressionado pela sociedade”, afirma Jacqueline.
Como gastou ,se durante esta gestão não vi nada de bom. Só se gastou com os políticos, porque a cidade está precisando de melhorias pelo que pagamos de imposto. No inicio se mostrou tao presente e hoje nem se ouve falar.
O mesmo com relação à previdência, diminua salários, mordomias dos políticos, como na Suécia ,que haverá equilíbrio nas contas públicas.