Agência Estado
Os detalhes da 15ª edição da Virada Cultural foram anunciados nesta quarta-feira, 8, na sede da Prefeitura de São Paulo. Estavam na sala da coletiva o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, o secretário de Cultura do Estado, Sérgio Sá Leitão, o prefeito Bruno Covas (PSDB), o secretário municipal de Cultura, Alê Youssef, e a coordenadora da Virada, Gabriela Fontana.
A Virada será nos dias 18 e 19 de maio, com o subtítulo de “O festival 24 horas da Capital da Cultura”. Dentre os nomes da programação de destaque aparecem Sean Kuti (filho da lenda nigeriana Fela Kuti), Anitta, Ira!, Pablo Vittar, É o Tchan, Baco Exu do Blues, Maria Rita, Criolo, É o Tchan, Nação Zumbi, Anavitória, Caetano Veloso e filhos, Emicida e Sepultura, a maioria deles com potencial de aglutinar massas na plateia, apontando para a volta das Viradas de grandes concentrações. Ao todo serão 250 pontos de espetáculos com 1,2 mil atrações distribuídas em 32 subprefeituras.
A expectativa é de receber 5 milhões de pessoas no que os organizadores chamam de “a maior edição da história do evento”. As novidades são um palco para a música sertaneja, um palco gospel no centro da cidade e o uso da Avenida Paulista como novo foco de shows por 24 horas.
Alê Youssef abriu a coletiva. “Serão 83 equipamentos públicos neste ano. A Virada é uma maneira de mapear o patrimônio histórico”, disse. “Precisamos reconstituir a Virada, fazer com que seja encontro das diferenças, da tolerância, da diversidade”. Ele comentou também sobre o potencial econômico do que chamou de talvez o “maior festival 24 horas do mundo”. E falou em tom de resistência em um momento em que “a cultura está tão fragilizada”.
Sobre a violência, que marcou Viradas mais cheias com episódios sobretudo de arrastões, furtos e roubos, não havia representantes da Polícia Militar na coletiva, como em outras edições. Alê Youssef disse que esta não será uma Virada Cultural insegura, já que muitas reuniões foram feitas com a Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana.
O secretário diz que, ao contrário do que mostra o retrospecto levantado pela reportagem na coletiva, mostrando que quanto mais público nas viradas, mais violência, ele aposta em um evento pacífico. “Quanto mais gente nas ruas, mais segura a Virada vai ser. Cidade segura é cidade ocupada.”