Agência Estado
O aumento nos preços dos alimentos e reajustes em tarifas de ônibus e trem penalizaram mais os brasileiros mais pobres em março, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,80% em março. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,70% para as famílias de renda mais elevada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,75% em janeiro.
“Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela inflação de 0,8% na classe mais baixa e responderam por 64% dessa variação total. Ainda que em menor escala, a alta dos transportes também impactou esse segmento, devido aos reajustes nas tarifas de ônibus urbano (0,9%) e de trens (2,1%)”, justificou o Ipea, na Carta de Conjuntura que trata do indicador
A metodologia separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.566,24 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 15.662,44, no caso da renda mais alta.
A taxa de inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses até março de 2019 ficou em 4,96%, mais elevada que a da faixa de consumidores mais ricos, de 4,28% no período. O IPCA acumulado em 12 meses até março de 2019 foi de 4,58%.